Oficinas e Jogos

Oficina de Escavação Arqueológica

A escavação arqueológica é uma metodologia usada por arqueólogos para, de forma controlada, realizar um levantamento mais detalhado de um sítio arqueológico, buscando entender o contexto em que os materiais foram descartados em um determinado local, que pode ter sido somente um ponto de passagem, um acampamento temporário ou ter permanecido como moradia durante muito tempo. A escavação permite descobrir o que já foi coberto pelo solo durante muitos anos, em muitos casos ainda no contexto em que foram deixados, como por exemplo, estruturas de fogueiras, etc.

Objetivo da oficina
Realizar com os alunos uma escavação arqueológica em sala de aula, evidenciando diferentes materiais em subsuperfície, levando-os a reflexão sobre a materialidade e história do homem pré-colonial e contemporâneo.

Material necessário

  • Uma caixa de madeira ou de papelão medindo cerca de 50 x 50 cm e 15 cm de profundidade;
  • Pinceis de pelo;
  • Elástico;
  • Fita gomada para fixação do elástico;
  • Pazinhas de plástico (pode ser feito através de reciclagem de garrafas de plástico);
  • Baldinhos (pode ser de garrafas pet);
  • Areia;
  • Cacos de cerâmica (sugere-se comprar uma vasilha de cerâmica, uma panela ou prato e quebrar em pedaço);
  • Pedras roladas, pedaços de carvão vegetal;
  • Outros materiais produzidos pelo homem: pedaços de xícaras e pratos de louça, colher, garrafas pequenas, miniaturas de panelas de barro, etc.
  • Sacos plásticos pequenos.
  • Pedaços de papel para anotação.
  • Lápis para anotação.

Montagem

  • Coloque todos os materiais na caixa, alternando entre uma camada de areia+ diferentes materiais espalhados, outra camada de areia+ diferentes materiais, até atingir cerca de 10 cm de preenchimento da caixa.
  • Finalizar com dois pedaços de elásticos cruzando-se no meio da caixa, com pontas fixadas com fita gomada, formando assim, uma divisão em quatro quadrículas de tamanhos iguais;

Execução

  • Incentivar os alunos a realizar a retirada de sedimento usando os pincéis de pelo e as pazinhas de forma igual sem fazer buracos irregulares, colocando a areia nos baldinhos, até evidenciar todo o material.
  • A medida que o material for sendo encontrado, deve ser colocado nos saquinhos com um papel com o nome da pessoa que encontrou.
  • No final da escavação senta-se em uma roda e cada aluno vai mostrando o material que encontrou e diz sua opinião sobre o que se trata, e o que ele tem a dizer sobre as pessoas que os usaram, formando assim uma narrativa sobre as pessoas que viveram naquele sítio arqueológico.

Desenhos para colorir

Jogo dos Sete Erros

Jogo de Tabuleiro – Nas trilhas da Arqueologia

Palavras Cruzadas

Caça-Palavras

Fontes de Pesquisa e Informação para o Professor

Conteúdo Audiovisual

Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico na Área do Loteamento Conviver, Brejo Santo – CE: Passos Metodológicos

Desde o dia 15 de setembro de 2021 a equipe de profissionais da AeR Arqueologia está no município de Brejo Santo-CE, realizando um trabalho de levantamento de Impacto ao Patrimônio Arqueológico na área do Loteamento Conviver. Uma ação necessária para o licenciamento da área e implantação do empreendimento sem que este impacte algum vestígio Arqueológico. O trabalho ainda está em curso e aplica uma metodologia de pesquisa que realiza levantamenros de superfície através de caminhamentos sistemáticos e intervenções em subsuperfície por meio de Poços testes e sondagens. Acompanhe nossas postagens e saiba mais sobre as ações realizadas e o resultado da pesquisa.

Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico na área do Loteamento Conviver – Brejo Santo-CE: Metodologia de Pesquisa

A empresa A&R-Arqueologia realizou o trabalho de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico na área do Loteamento Conviver, no município de Brejo Santo-CE, que aconteceu durante o mês de setembro sob a coordenação da arqueóloga Heloisa Bitu. E uma das importantes ações destes projetos é o trabalho de extroversão a comunidade, onde se busca apresentar o que foi feito e os resultados. Neste vídeo apresentamos parte da metodologia ali utilizada para detecção de materiais arqueológicos que indiquem ou não a existência de sítios arqueológicos no local.

Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico na Área do Loteamento Conviver, Brejo Santo – CE: Resultados obtidos

A equipe A&R Arqueologia esteve no município de Brejo Santo-CE em setembro de 2021 realizando o Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Loteamento Conviver. A coordenadora do projeto Heloísa Bitú
conta-nos um pouco da metodologia e os resultados obtidos que serão apresentados através de relatório ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Esse trabalho de extroversão à comunidade é um importante compromisso assumido pelas empresas, buscando conscientizar a comunidade, tornando-os agentes ativos de proteção ao patrimônio arqueológico brasileiro.

Projeto Rádio Estória

O “Rádioestória” se resume em experiências radiofônicas e sonoras sobre lendas, mitos e estórias do Sertão do Cariri feito pelas crianças e jovens da Fundação Casa Grande, Nova Olinda/CE. 

Confira o projeto na íntegra através da página: http://radioestoria.wordpress.com/

Projeto Radioestória – A Botija de Ouro

Projeto Radioestória – Mãe Dágua, onde nasce o rio das estórias

 Zefinha conta sobre Nova Olinda, Antônio Maranhão e a Casa Grande

Maara, a Princesa Encantada

Projeto Radioestória – A Pedra da Batateira

Os Sítios Arqueológicos: escavando o presente para encontrar o passado

O objetivo desta atividade é iniciar o aluno na compreensão da evidência cultural e nos diferentes modos de analisá-la, levando-o a perceber o processo de reconstituição do passado, por meio dos fragmentos e vestígios observados no presente. A experiência pode ser usada como preparação para o estudo de qualquer evidência, de objetos de museus a monumentos em ruínas ou sítios arqueológicos.

  1. Apresente aos jovens um objeto qualquer de cerâmica ou louça comum (xícara, prato, bule, pote, caneca, etc.), previamente quebrado em pequenos pedaços, dentro de um saco plástico transparente.
A louça quebrada
  • Peça aos alunos para identificar o que é este objeto. A resposta nem sempre será óbvia. Faça perguntas que levem à observação do material empregado, vestígios de decoração e forma de fragmentos.

             O Arqueólogo do futuro:

          Os alunos podem imaginar que são arqueólogos do ano 3000. A sala de aula ou o jardim da escola podem ser sítios arqueológicos, que serão explorados pelos alunos para descobrir as pistas sobre a vida no final do século XX. Cada grupo de alunos deve recolher, em um saco plástico, alguns artefatos ou coisas que foram para o lixo, na sala ou no pátio da escola. Cada aluno, em cada grupo, descreve em uma ficha um objeto encontrado. Quando todos os objetos estiverem descritos, o grupo pode discutir a função de cada um, discutindo as várias hipóteses de uso, comose não soubessem com era a vida em nossa época.

          Cada grupo apresentará aos demais suas hipóteses sobre o material encontrado; no final da atividade é possível fazer um painel, em classe, sobre as informações obtidas, a partir da análise do material recolhido, discutindo ainda tudo o que não está representado por esse material – o que está faltando, ou o que fica pouco claro, a partir dessas evidências. Este exercício, que pode ser bem divertido e lúdico, estimulando a criatividade dos alunos, também os fará perceber as limitações da Arqueologia, na descoberta dos mundos passados.

(Atividade extraída do livro: Guia Básico de Educação Patrimonial / Maria de Lourdes Parreira Horta, Evelina Grunberg, Adriane Queiroz Monteiro. – Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999. 68p.)

Roteiro para identificação e análise de edifícios/monumentos históricos

O professor poderá propor a seus alunos que identifiquem durante a visita alguns edifícios importantes pelo seu valor histórico ou arquitetônico, ou edifícios que se apresentem em mau estado de conservação ou abandonados. Uma ficha, como a sugerida a seguir, poderá ser reproduzida e distribuída aos alunos para ser preenchida, como roteiro básico da investigação. Após a visita é possível desenvolver em sala de aula uma atividade de análise e avaliação da situação dos edifícios e do conjunto do Centro Histórico, situando-os na planta da cidade. Esta atividade poderá propiciar discussões e reflexões sobre o papel e o valor do Centro Histórico na vida da comunidade.

IDENTIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO Cidade…………………………………….. Estado…………………. Rua……………………………………… Nº……. Bairro…………….   CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO Antigo                  Moderno   Foi modificado?       Sim         Não No volume? Nas janelas? Nas portas? No telhado?   Nº de pavimentos          Sim        Não Acréscimo                               Demolição Outras? (especifique)……………………………………………….. USO DO EDIFÍCIO Residencial                         Religioso Comercial                                 Misto Público   ESTADO DE CONSERVAÇÃO/OCUPAÇÃO   Ocupado Vago Parcial/Ocup. Em ruínas       Em mau estado       Regular       Bom       Dados do edifício (a partir de informações colhidas durante a visita com moradores, vizinhos ou pedestres): ……………………………………………………………………………… ……………………………………………………………………………… ……………………………………………………………………………… Diagnóstico do edifício (como ele se apresenta): ……………………………………………………………………………… ……………………………………………………………………………… ……………………………………………………………………………… Importância do edifício para a comunidade: ……………………………………………………………………………… ……………………………………………………………………………… ……………………………………………………………………………… O que pode ou deve ser feito? ……………………………………………………………………………… ……………………………………………………………………………… ……………………………………………………………………………… Observação: você pode pesquisar na Prefeitura ou em escritórios do Patrimônio para descobrir se este edifício está protegido por alguma lei.   DADOS DO PESQUISADOR Nome:……………………………………………………………………. Idade:…………………………………………………………………….. Escola:…………………………………………………………………… Série:…………………………………………………………………….. Grau:………………………………………………………………………

(Atividade extraída do livro: Guia Básico de Educação Patrimonial / Maria de Lourdes Parreira Horta, Evelina Grunberg, Adriane Queiroz Monteiro. – Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999. 68p.)

Os Centros Históricos – descobrindo a vida no passado e no presente

Ao preparar uma atividade de visita ao centro histórico é aconselhável que você, professor, visite antes o local para poder conhecer o espaço e as possibilidades que a exploração deste tema podem trazer. É importante que você prepare para consulta de seus alunos algum material sobre o contexto histórico, geográfico, político, econômico e social em que o Centro Histórico se desenvolveu, assim como informações simples sobre a legislação de proteção, o uso e o desenvolvimento do local. Desta forma poderá planejar as atividades com um melhor embasamento, o que lhe permitirá atingir mais facilmente os objetivos propostos.

Estudando o monumento/meio ambiente histórico

Um monumento é uma edificação ou sítio histórico de caráter exemplar, por seu siginificado na trajetória da vida de uma sociedade/comunidade e por suas características peculiares de forma, estilo e função. Ao analisar um monumento ou sítio histórico é importante que os jovens sejam levados a considerar as dimensões do meio ambiente histórico em que eles se inserem, a avaliar a influência da ação e comportamento humanos sobre a paisagem natural, bem como a influência da paisagem local sobre esses comportamentos naquela localidade, que contribui para o seu caráter especial. Um quadro de perguntas chave pode ser aplicado no estudo de um monumento, um sítio e seu meio ambiente histórico.

Presente Passado Influência do passado no presente
Como é o lugar hoje? Como era este lugar no passado? Que elementos do passado podemos ver hoje?
Porque este lugar é assim, hoje, e como se diferencia ou se assemelha a outros lugares? Porque este lugar era deste modo no passado? Como e porque ele se diferenciava ou se assemelhava a outros lugares no passado? Que influência estes elementos tiveram sobre este lugar, e como esta influência se diferencia ou se assemelha ao que aconteceu em outros lugares?
De que maneira este lugar se relaciona com outros lugares? De que maneira este lugar estava relacionado com outros lugares? De que modo as relações existentes no passado influenciaram este lugar e o modo em que ele se relaciona hoje com outros lugares?
Como este lugar está mudado, e por quê? Que mudanças aconteceram neste lugar ao longo do tempo e por quê? Como as mudanças ocorridas estão refletidas hoje, neste lugar?
Como seria viver neste lugar, hoje? Como seria viver neste lugar, no passado? Como o passado influencia o modo e a experiência de viver neste lugar, hoje?

(Atividade extraída do livro: Guia Básico de Educação Patrimonial / Maria de Lourdes Parreira Horta, Evelina Grunberg, Adriane Queiroz Monteiro. – Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999. 68p.)

Descobrindo um objeto

O objeto mais comum de uso doméstico ou cotidiano pode oferecer uma vasta gama de informações a respeito do seu contexto histórico-temporal, da sociedade que o criou, usou e transformou, dos gostos, valores e preferências de um grupo social, do seu nível tecnológico e artesanal, de seus hábitos, da complexa rede de relações sociais. A observação direta, a manipulação e o questionamento do objeto, feito com perguntas apropriadas, podem revelar estas informações em um primeiro nível de conhecimento, que deverá ser extrapolado por meio do estudo e da investigação de fontes complementares como livros, fotografias, documentos, arquivos cartoriais e eclesiásticos, pesquisas, entrevistas, etc.

            Você, professor, pode dar aos jovens uma folha como essa para ajudá-los a analisar um objeto, sem limitar sua própria capacidade de propor perguntas e respostas.

Aspectos principais a observar Outras perguntas Aspectos descobertos pela observação Aspectos a pesquisar
Aspectos físicos O que parece ser este objeto? Que cor tem? Que cheiro tem? Que barulho faz? De que material é feito? O material é natural ou manufaturado? O objeto está completo? Foi alterado, adaptado ou consertado? Está usado?    
Construção Como foi feito? Onde foi feito? Foi feito à mão ou à máquina? Foi feito em uma peça única, ou em partes separadas? Com uso de molde ou modelado à mão? Como foi montado? (com parafusos, pregos, cola ou encaixes?)
Função Para que foi feito? Quem o fez? Para que finalidade? Como foi ou é usado? O uso inicial foi mudado?
Forma (design) O objeto tem uma boa forma? É bem desenhado? De que maneira a forma indica a função? Ele é bem adequado para o uso pretendido? O material utilizado é adequado? É decorado, ornamentado? Como é a decoração? O que a forma e decoração indicam? Sua aparência lhe agrada?
Valor Quanto vael este objeto? Para as pessoas que o fabricaram? Para as pessoas que o usam? (ou usaram?) Para as pessoas que o guardaram? Para as pessoas que o venderam? Para você? Para um Banco? Para um museu?

(Atividade extraída do livro: Guia Básico de Educação Patrimonial / Maria de Lourdes Parreira Horta, Evelina Grunberg, Adriane Queiroz Monteiro. – Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999. 68p.)

O que fazer ao encontrar um Sítio Arqueológico?

Qualquer pessoa pode encontrar, por acaso, vestígios de um sítio arqueológico. Para compreender o que ele contém de informações sobre a vida humana naquele lugar é preciso algumas pistas, e para isso é necessário a ajuda de um arqueólogo. Se tentarmos escavar ou explorar um sítio arqueológico sem o conhecimento dos métodos apropriados para essa tarefa, podemos destruir as informações que ele contém. Os sítios arqueológicos são protegidos por lei – a Lei Federal 3.924/61; destruí-los é incorrer em um crime contra o Patrimônio Nacional. Então, recomenda-se que ao encontrar vestígios ou sítios arqueológicos:

  1. Não retire nada do local;
  2. Não risque, não realize pichações, não cole cartazes;
  3. Não corte a vegetação dos arredores dos sítios;
  4. Não façam queimadas próximas ao sítios arqueológicos;
  5. Informe imediatamente aos pesquisadores que realizam pesquisas na área, ou ao IPHAN.
  6. Não jogue lixo no ambiente do sítio ou em suas proximidades;
  7. Por fim, aconselha-se: seja um protetor deste patrimônio, para dar aos outros o exemplo de que devemos preservá-lo, pois cuidando dele vamos evitar que se degrade rapidamente, inclusive pela ação do tempo e, ainda, que se mantenha viva a história do local em que se encontra o sítio arqueológico.     

(Texto adaptado do livro: Guia Básico de Educação Patrimonial / Maria de Lourdes Parreira Horta, Evelina Grunberg, Adriane Queiroz Monteiro. – Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999. 68p e da cartilha: Pinturas Rupestres da comunidade Angical: todos juntos na busca pela preservação de um patrimônio / Organização: Heralda Kelis S. B. da Silva; Sônia Maria C. Magalhães; Luis Carlos D. Cavalcante, Lucineide Marquis de Souza e Bruna Gomes Brito – Teresina: EdUFPI, 2019. 23p.).

O que é um Sítio Arqueológico?

É o lugar onde se encontram vestígios da vida e da cultura material dos povos do passado. Estes vestígios podem estar sobre a superfície do solo – uma aldeia indígena abandonada, uma fortaleza do século XVIII, as ruínas de uma igreja, ou enterradas – um sambaqui, por exemplo, locais à beira do mar onde se acumularam conchas, ossos, restos de alimentos e utensílios utilizados por grupos humanos que ali viveram.

Para encontrar as informações que procura, o arqueólogo remove cuidadosamente, às vezes com um pincel, as camadas de terra ou entulho que cobrem os artefatos e vestígios da ocupação humana encontrados em um sítio arqueológico. Às vezes, ele encontra camadas superpostas de vestígios diferentes que correspondem a diferentes períodos de ocupação. Os períodos mais antigos encontram-se nas camadas mais profundas. Esta superposição de camadas no solo, como se fosse um bolo, e o seu estudo, é o que se chama, em Arqueologia, a Estratigrafia do sítio. Ela permite identificar as datas sucessivas de ocupação, umas em relação a outras, levando à descoberta de como viviam essas populações, o que comiam, o que fabricavam, os instrumentos de que dispunham, e a evolução das tecnologias ao longo do tempo. Por isto é tão importante preservar e proteger os sítios arqueológicos da destruição – eles são fontes preciosas para o conhecimento de nossa história, de nossa pré-história, de nossos antepassados e de nossa trajetória cultural.

            O local onde essas pistas são encontradas é importante para que se possa compreender ou deduzir como eram usadas – isto se chama o contexto dos artefatos, ecofatos, ou estruturas. Algumas coisas juntas, em um mesmo contexto, podem ser associadas pelo arqueólogo, para descobrir, como um detetive, informações sobre o que aconteceu naquele lugar, naquele momento histórico.

            Por isto não devemos mexer ou tirar as coisas do lugar, ao visitar um sítio arqueológico. Para explorar um sítio histórico ou pré-histórico, em uma atividade de Educação Patrimonial, recorra sempre à ajuda de um arqueólogo, por intermédio dos escritórios e coordenações regionais do IPHAN em seu estado ou município (ver contatos na última sessão deste site). 

  (Texto extraído do livro: Guia Básico de Educação Patrimonial / Maria de Lourdes Parreira Horta, Evelina Grunberg, Adriane Queiroz Monteiro. – Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999. 68p.)