Educação Patrimonial

A Importância do trabalho de Educação Patrimonial na Arqueologia de Contrato

As ações de Educação Patrimonial são de extrema importância dentro de um projeto de Arqueologia de Contrato. De acordo com a instrução Normativa n° 01/2015 do IPHAN: “[…] entende-se por projeto integrado de Educação Patrimonial aquele que contemple concepção, metodologia e implementação integradas entre o patrimônio arqueológico e os demais bens acautelados”. A empresa A e R Arqueologia faz esse trabalho sempre pautado na escuta e troca com a comunidade local. Em parceria com a Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri ( @fundacaocasagrande ) mantém ações constantes de Educação Patrimonial e extroversão do conhecimento sobre os acervos coletados pela empresa, por acreditar que as ações de Arqueologia Social Inclusiva vão para além de ações pontuais, sendo contínuas e contribuindo para a formação de jovens e crianças.

O que é, afinal, a Educação Patrimonial?

O que é, afinal, a Educação Patrimonial?

Trata-se de um processo permanente e sistemático de trabalho educacional centrado no Patrimônio Cultural como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo. A partir da experiência e do contato direto com as evidências e manifestações da cultura, em todos os seus múltiplos aspectos, sentidos e significados, o trabalho da Educação Patrimonial busca levar as crianças e adultos a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os par um melhor usufruto destes bens, e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos, num processo contínuo de criação cultural.

            O conhecimento crítico e a apropriação consciente pelas comunidades do seu patrimonio são fatores indispensáveis no processo de preservação sustentável desses bens, assim como no fortalecimento dos sentimentos de identidade e cidadania.

            A Educação Patrimonial é um instrumento de “alfabetização cultural” que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido. Este processo leva ao reforço da auto-estima dos indivíduos e comunidades e à valorização da cultura brasileira, compreendida como múltipla e plural.

            O diálogo permanente que está implícito neste processo educacional estimula e facilita a comunicação e a interação entre as comunidades e os agentes responsáveis pela preservação e estudo dos bens culturais, possibilitando a troca de conhecimento e a formação de parcerias para a proteção e valorização desses bens.

            A metodologia específica da Educação Patrimonial pode ser aplicada a qualquer evidência material ou manifestação da cultura, seja um objeto ou conjunto de bens, um monumento ou um sítio histórico ou arqueológico, uma paisagem natural, um parque ou uma área de proteção ambiental, um centro histórico urbano ou uma comunidade da área rural, uma manifestação popular de caráter folclórico ou ritual, um processo de produção industrial ou artesanal, tecnologias e saberes populares, e qualquer outra expressão resultante da relação entre os indivíduos e seu meio ambiente.

(Texto extraído do livro: Guia Básico de Educação Patrimonial / Maria de Lourdes Parreira Horta, Evelina Grunberg, Adriane Queiroz Monteiro. – Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999. 68p.)