Os Sítios Arqueológicos: escavando o presente para encontrar o passado
O objetivo desta atividade é iniciar o aluno na compreensão da evidência cultural e nos diferentes modos de analisá-la, levando-o a perceber o processo de reconstituição do passado, por meio dos fragmentos e vestígios observados no presente. A experiência pode ser usada como preparação para o estudo de qualquer evidência, de objetos de museus a monumentos em ruínas ou sítios arqueológicos.
- Apresente aos jovens um objeto qualquer de cerâmica ou louça comum (xícara, prato, bule, pote, caneca, etc.), previamente quebrado em pequenos pedaços, dentro de um saco plástico transparente.
- Peça aos alunos para identificar o que é este objeto. A resposta nem sempre será óbvia. Faça perguntas que levem à observação do material empregado, vestígios de decoração e forma de fragmentos.
O Arqueólogo do futuro:
Os alunos podem imaginar que são arqueólogos do ano 3000. A sala de aula ou o jardim da escola podem ser sítios arqueológicos, que serão explorados pelos alunos para descobrir as pistas sobre a vida no final do século XX. Cada grupo de alunos deve recolher, em um saco plástico, alguns artefatos ou coisas que foram para o lixo, na sala ou no pátio da escola. Cada aluno, em cada grupo, descreve em uma ficha um objeto encontrado. Quando todos os objetos estiverem descritos, o grupo pode discutir a função de cada um, discutindo as várias hipóteses de uso, comose não soubessem com era a vida em nossa época.
Cada grupo apresentará aos demais suas hipóteses sobre o material encontrado; no final da atividade é possível fazer um painel, em classe, sobre as informações obtidas, a partir da análise do material recolhido, discutindo ainda tudo o que não está representado por esse material – o que está faltando, ou o que fica pouco claro, a partir dessas evidências. Este exercício, que pode ser bem divertido e lúdico, estimulando a criatividade dos alunos, também os fará perceber as limitações da Arqueologia, na descoberta dos mundos passados.
(Atividade extraída do livro: Guia Básico de Educação Patrimonial / Maria de Lourdes Parreira Horta, Evelina Grunberg, Adriane Queiroz Monteiro. – Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999. 68p.)